Por um tempo achei que Deus tinha uma pessoa certa pra cada um. Uma tampa pra cada panela, um pé para cada chinelo, e assim vai.
Hoje, aprendi uma lição.
Vejo as coisas diferentes, entendi que tenho o livre arbítrio. Ele me ensina a reconhecer quem é dEle e quem não é, mas a escolha é minha.
Uma hora a pessoa vai cruzar meu caminho e eu a escolherei, ai Deus abençoa ou não.
Porém, novamente, EU escolho.
Você sai, conhece alguém... conversa, mas não se sentiu tão bem, sentiu que talvez não tivesse um “click” e mesmo assim insistiu. Afinal, somos brasileiras e não desistimos nunca. Contudo, pra que complicar tanto algo que deveria ser tão simples?
Relacionamento não é pra ser complicado! Ou é sim, ou é não. Tem gente que bate e tem gente que não, simples assim!
É assim também na amizade, nem sempre são bons, e com o tempo aprendemos a escolher quem nos faz bem e a quem fazemos bem.
Depois de experiências próprias e uma conversa com uma grande amiga, eu comecei a acreditar que é assim com relacionamento também. Comecei a ver que é tudo uma questão de escolha. As perspectivas se abrem, o coração se acalma, porque ao invés de ter só AQUELE cara, a gente vê que a escolha é nossa, nós é que vamos escolher quem vai estar ao nosso lado pelo resto da nossa vida. Por isso damos tempo ao tempo, para ter certeza na hora de começar um relacionamento, saber a hora certa, escolher minuciosamente.
Aconteceu comigo, pode ter acontecido com você também. Com o tempo vimos que com aquela pessoa não era pra ser. Mas quem vai saber se com a próxima será?
Nessas horas que aprendemos lições importantes como proteger o coração, saber sofrer, saber esperar, se alegrar, se recuperar. No final das contas, sempre nos recuperamos, principalmente quando aprendemos a ver tudo diferente, sabendo que nossas alternativas não acabaram ali.
A verdade é, o CARA existe, mas nós o escolhemos, quando menos esperávamos escolher alguém.
Vale ressaltar que não acho que o “escolher” alguém quer dizer que estou pensando somente na minha auto-realização ou que quero simplesmente escolher e não ser escolhida. Acima de tudo isso, as nossas escolhas têm que ser baseada na sabedoria que vem daquele que te criou, cuidou e conhece todos os seus caminhos.
Existe um livro do Steve Harvey que se chama “Act like a Lady, Think like a man”, baseado na Bíblia, que nos ensina a tomar esse tempo de escolha.
Pense nos tipos de defeitos que você não suporta em alguém e provavelmente não conseguiria aceitar (tendo em conta que todas as pessoas podem mudar), nos defeitos que você pode conviver. Todos nós temos tempo para pensar em tudo isso. Peça pra Deus Sabedoria pra saber definir e entender.
Não focalize somente no “Príncipe”, mesmo porque ele não existe, e nós tampouco somos princesas perfeitas, mas por um tempo focalize mais em você, no que você quer de um relacionamento, no que você sonha pro seu futuro, o que você quer construir no seu lar.
Depois que pensamos em tudo isso, aprendemos como escolher, e quando sabemos o que queremos, parece que “atraímos”. É como quando você quer muito um carro e, de repente você começa a ver esse carro por todas as partes, é mais ou menos isso que acontece, até em amizades, quando você sabe o tipo de pessoa que você quer ao seu lado, eles aparecem por todos os lados porque aprendemos a reconhecer.
É louco, mas aprendemos a ter outra visão do mundo, nos sentimos livres, e finalmente descobrimos que não somos escravos de sentimentos, sonhos ou ilusões.
Gabi Rondanin
"Você faz o que parece ser uma simples escolha: escolhe um homem, um emprego, ou um bairro -- e o que você escolheu não é um homem, um emprego, ou um bairro, mas uma vida."
(Jessamyn West)
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